Somente os cães pequenos conseguiram sobreviver ao naufrágio do Titanic; na foto acima, feita na época da viagem fatídica alguns dos pets de passageiros – Divulgação/Universidade de Widener |
Após se chocar contra um iceberg, o famoso navio afundou, matando mais de 1.500 pessoas e também alguns animais.
Nas celebrações desse triste centenário, uma exposição inédita revela a história de 12 cães que embarcaram no Titanic em 1912, segundo informações do site norte-americano Huffington Post. Todos os animais pertenciam a passageiros da primeira classe.
O historiador responsável pela exposição, Joseph Edgette, quer, por meio da exposição, explorar os laços de cumplicidade que existiam entre mascotes que viajaram na embarcação e seus donos.
— Eu não acho que qualquer exposição sobre o Titanic tenha examinado esse relacionamento e reconhecido a importância dos animais de estimação que também perderam suas vidas no cruzeiro.
Pelo menos nove cães morreram quando o Titanic afundou, mas a exposição destaca três que sobreviveram ao desastre. Eram dois spitz alemão e um pequinês.
— Os cachorros sobreviventes eram tão pequenos que ninguém poderia ter percebido sua presença nos botes salva-vidas.
Margaret Hays Bechstein, uma nova-iorquina de 24 anos, se agarrou a sua spitz, chamada Lady, ao se dirigir para o o bote 7, salvando não só sua vida, mas também da mascotinha.
Não se sabe o nome do outro cão da raça spitz que sobreviveu ao naufrágio. Ele era o pet dos magnatas americanos Martin Rothschild e Elizabeth Jane Anne Rothschild. O marido acabou morrendo na tragédia, mas Elizabeth conseguiu embarcar no bote 6 com seu cachorrinho escondido.
A tripulação do Carpathia, navio que resgatou os sobreviventes do Titanic, inicialmente se recusou a levá-la a bordo com o animal, mas acabou mudando de ideia.
Para completar, Sun Yat-Sen era o pequinês dos herdeiros da editora Harper & Row. Marido, esposa e um artista que acompanhava o casal conseguiram entrar no bote 3. Segundo Henry Harper, nenhuma das pessoas a bordo fez qualquer objeção à presença do cão.
Vários cachorros que morreram a bordo nunca foram identificados, por isso é difícil calcular ao certo quantos animais estavam no navio. Uma das passageiras, Ann Elizabeth Isham, 50, ficou famosa depois de ter se recusado a deixar o Titanic sem seu cachorro, que seria grande demais para ser colocado no bote salva-vidas.
O corpo de Isham junto de seu cão foi encontrado flutuando no mar dias depois.
Alguns passageiros que deixaram seus animais para trás receberam algum consolo. Eles recebiam uma quantia em dinheiro, uma espécie de seguro de vida.
A exposição dos pets do Titanic aconteceu na Universidade de Widener, na Pensilvânia, nos Estados Unidos, até dia 12 de maio.
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